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História do Concelho
Sabrosa- Terra de Fernão de Magalhães
Sabrosa é sede de um Município com 157 Km2 de área e 5 548 habitantes (2021), subdividido em 12 freguesias, tendo sido criado o atual Concelho de Sabrosa em 6 de Novembro de 1836.
Sabrosa, as suas terras e as suas gentes têm sido sempre fonte de inspiração constante para escritores, historiadores e outros apaixonados pelo Douro, é a terra de Fernão de Magalhães, o navegador português que desenvolveu e empreendeu a 1.ª viagem de circum-navegação.
Pode também encontrar uma das melhores paisagens de Portugal, que é património mundial da UNESCO, um magnífico cenário e um solo ideal para a qualidade das uvas, das quais são feitos os melhores vinhos do mundo.
Há ainda um grande nome da literatura universal, Miguel Torga, nascido na Vila de São Martinho de Anta, onde está edificado o Espaço com o seu nome, e que, entre outras atividades, se propõe a estudar e a divulgar a obra poética e literária do escritor.
Espalhados um pouco por todo o concelho, surgem à vista interessantes exemplares de arte sacra, igrejas, capelas e santuários que irão surpreendê-lo em cada recanto ou em qualquer aldeia.
Muitos Solares, com o seu brasão de armas, monumentos antigos e outras referências históricas também são razões pelas quais vale a pena conhecer e visitar Sabrosa. Vários vestígios arqueológicos comprovam que a região, onde o Município de Sabrosa está localizado, foi desde muito cedo habitado. Alguns destes vestígios remontam ao Neolítico, como é caso das várias mamoas descobertas no Concelho.
Sabrosa é hoje uma das principais portas de entrada na magnífica Região Demarcada do Douro, não apenas pela beleza que brota, mas também pelas condições e acessibilidades que soube reclamar e construir, sendo hoje um território de oportunidades e um excelente lugar de conforto para a sua população.
História do Concelho
Um breve olhar sobre o passado
Apesar de ser Concelho somente desde 6 de Novembro 1836, todo o território de Sabrosa está pejado de vestígios da ocupação de diferentes povos e culturas, sendo alguns dos mais antigos os que remontam à Pré-história recente.
Foi precisamente durante este período que se construíram as dezenas de mamoas, estruturas funerárias neolíticas, que foram identificadas no nosso território e das quais se destaca a Mamoa 1 de Madorras, na Serra da Padrela (Arcã), pela sua monumentalidade e qualidade de preservação.
Também a vulgarmente chamada cultura castreja (Idade do Ferro) nos deixou vestígios na forma de castros, como o da Sancha ou Castelo dos Mouros, em Sabrosa, e o Castro de S. Domingos de Provesende, localizados em sítios com boa visibilidade e boas defesas naturais, que eram depois reforçadas com a construção de fossos e várias ordens de muralhas.
O Castro de Sabrosa terá sofrido ainda um processo de romanização, atestado pelo espólio encontrado, do qual se destacam algumas moedas e uma epígrafe dedicada a Júpiter. No Concelho existia ainda um cemitério lusitano-romano, localizado na freguesia de Provesende (Quinta da Relva), classificado como património de interesse público, mas destruído nos anos 50 por um arroteamento do terreno para plantação de uma vinha.
A maioria das povoações pertencentes ao concelho de Sabrosa remontam à Idade Média, pertencendo assim a concessão dos respetivos forais ao início da dinastia Afonsina, embora as suas origens sejam anteriores a 1143 (Fundação de Portugal), como é o caso de Provesende. Deste período restam ainda algumas sepulturas paleocristãs, escavadas na rocha, localizadas na proximidade dos seguintes locais: Arcã, Vilar de Celas, Paredes, Provesende e Donelo.
No século XV, a documentação relativa a legados e valimentos surge com mais intensidade, denotando a existência de famílias nobres, no seio das quais, mais precisamente na Casa da Pereira, nasceu o navegador Fernão de Magalhães, a quem se devem os planos e a execução da primeira viagem de circum-navegação da Terra.
O modo de vida destas famílias nobres pode ser hoje imaginado partindo da observação dos inúmeros solares e casas brasonadas que se distribuem pelo Concelho, podendo ser apreciados em quase todas as povoações.
Com a prosperidade económica conseguida em virtude da produção e comércio de vinho, foi reforçado o poder e influência dessa nobreza levando a uma proliferação dos solares no século XVIII. Este arranque económico-social deveu-se sobretudo à criação, em 1756, da Região Demarcada do Douro, primeira no mundo, e à fundação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro por Marquês de Pombal.
A 14 de Dezembro de 2001, a UNESCO integrou o Alto Douro Vinhateiro na lista de locais considerados património mundial na categoria de “Paisagem Cultural”, englobando áreas do nosso município.