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EXPOSIÇÃO 'HÚMUS' DE ALBERTO PÉSSIMO


ESPAÇO MIGUEL TORGA
Patente até 31 de dezembro 2017 - entrada livre
ALBERTO PÉSSIMO: UM PINTOR QUE GOSTA DE ÁRVORES
Carlos Dias, mais tarde Alberto Péssimo, veio de África, dum paraíso perdido na costa oriental do continente, a Ilha de Moçambique, onde nasceu a 18 de Fevereiro de 1953. O seu gosto pela pintura e pela escultura vem daí. Na Benfeita, em Coimbra e no Porto encontrou depois, em etapas sucessivas da sua vida, a motivação e a técnica para se tornar pintor. Desde o final do curso na ESBAP, pintou muito e expôs relativamente pouco. Pintou mais do que expôs. Algumas dessas exposições merecem uma referência:
2017 Lavoura, Lugar do Desenho / Fundação Júlio Resende
2017 Sonhar a Bíblia, Museu da Misericórdia do Porto
2017 Fogo no paiol, Galeria Municipal de Matosinhos
2014 Jardins, Casa do Cruzeiro (Felgueiras)
2009 A criação do mundo, Galeria Arte & Gourmet, Guimarães
2007 Desenho e pintura, Palacete dos Viscondes de Balsemão
2006 História da criação, Cooperativa Árvore
2003 Campos de Batalha, Esteta Galeria
2002 Coração das Tripas, Cooperativa Árvore
1990 Pedra de Canto, Cooperativa Árvore
1987 Tábuas Pintadas, Galeria Forum
1983 Pintura, Cooperativa Árvore
Durante o Outono de 2016, o prédio onde está situado o seu atelier entrou em obras de ampliação. Foi necessário derrubar uma boa parte dum pequeno bosque que lhe era contíguo, ficando reduzido a meia dúzia de árvores. Por essa mesma altura, Péssimo começou a pintar com tinta da China, em papel de cenário, grandes painéis de árvores, talvez três dezenas de obras. Na mesma altura pintou um cenário, com o mesmo motivo, e de maior dimensão ainda, para servir de cenário a Os Cegos, de Materlink, levado à cena no Theatro Circo, em Braga. E já antes, tinha pintado sobre pequenas placas de madeira o mesmo tema, cerca de 50 pequenas placas, umas como aproveitamento de restos de placas maiores, outras mandadas cortar para o efeito. O tema das árvores não é novo nele. São-lhe conhecidos trabalhos anteriores diversos, nomeadamente os que deram origem à exposição Campos de Batalha, em 2003.
Muitos pintores usaram as árvores, sobretudo os troncos verticais para marcar a composição do quadro (Cézanne, Gaugin…). Nestas pinturas de Alberto Péssimo, porém, as árvores são tudo. Elas ocupam todo o cenário, deixando apenas espaço para alguns carreiros de luz.
Este regresso frequente às árvores e à floresta estará ligado às paisagens moçambicanas da infância mas, sobretudo, ao contexto florestal da sua Benfeita, em particular à Mata da Margaraça. Poderá também ter que ver com os incêndios que, ano após ano, dizimam a floresta nacional.
Mas, do ponto de vista estético, não podemos deixar de pensar num artista que Alberto Péssimo muito admira e que o terá influenciado, ainda que remotamente: Anselm Kiefer.
A floresta tem no nosso imaginário cultural uma força tremenda. A floresta é um espaço de medo e fantasia, uma fonte de lendas, mitos, fábulas; um espaço propício para a invenção de figuras fantásticas: fadas, faunos, gnomos, lobisomens, monstros ferozes. Muitas das histórias infantis que conhecemos têm na floresta o seu cenário habitual. É reconhecida a influência das histórias dos Irmãos Grimm na obra de Kiefer. A floresta agita e alimenta a imaginação, sobretudo a imaginação dos escritores e dos artistas. A floresta, com as suas forças tenebrosas, situada fora dos lugares habitados, é um lugar de solidão e medo, povoado de feras reais e seres inventados. Húmida, espessa, coberta de névoa e musgos, torna-se o cenário ideal para descrição de medos e aventuras. A viagem de Dante na Divina Comédia começa num bosque escuro: eu me encontrei por uma selva escura (...) esta selva selvagem, áspera e forte. E logo foi rodeado por três feras: a onça, o leão e a loba.
Nuno Higino